Tinha flores na saia, desenhava círculos com a ponta dos pés na grama amarelada. A seca nos abala...riu fazendo covinhas num rosto de linhas sérias. Às vezes olhava perdido e ela nem parecia ela.
A história dela gira em torno de jujubas...não sabe porque mas tinha uma fascinação por jujubas! Talvez ele já tivesse percebido. Levou um saco cheio delas...
O trabalho vai bem, parei de fumar!
Gosta muito da sinfonia de grilos daquele lugar, queria ver os vagalumes que caçava quando criança.
Sentaram num canto , a saia escorregou deixando a coxa nua. Jujubas de sobremesa...deslizava as mãos miúdas no saco de papel, sentia os grãos de açucar grudarem nos dedos, e enquanto o olhava lânguida, lambia numa brincadeira sem pressa,
dedo por dedo.
Sem pressa era a graça.
Pra ver as palavras perderam a força, os olhos mergulhando em movimentos suaves....pra vê-lo tenso, completamente desconsertado, até certo momento, até ele entender que era dedo por dedo a brincadeira daquela noite.
07/2007
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