30 de junho de 2008


Já falei do Shiko. Mas não pude deixar de postar esse desenho!

alfineta minha delicadeza.

Maria me desenhou uma flor na mão direita, de olhos grandes a pequena, sorria atenta. Sonhei com uma onça vermelha e ela me ameaçava severa, ameaçava minha delicadeza, mas não chegou perto. Não cheguei perto dos meus temores mais intensos, das minhas manhas abusadas, contornos adocicados, sonhos retocados lentamente à pinceladas.
Seria demais pensar em aquarelas?
A vida acontece, conheci um sanfoneiro de barba, cantou uma dessas doloridas de ouvir. Conheci muitas formas de sentir tudo isso, do pânico ao mínimo desgaste. Dos movimentos em mim, das fisgadas de sentido, do colo preciso, da distância amarga. Uma bela impotência de rumos, trocadilhos, risos da ternura que até me assombra.

Estou exausta agora.

29 de junho de 2008

cuidar é o verbo do agora;

Furta a cor, e cora. diz:
tocar em frente...e cuidar da sua sensibilidade
zengzung diz:
é. tenho medo dela sabe? acho que endureço por um tempo...
zengzung diz:
mas é normal.
Furta a cor, e cora. diz:
sim.......e natural. mas tem que mimar ela tati...muuuuito.
Furta a cor, e cora. diz:
pra não rasgar demais.
zengzung diz:
sua linda

28 de junho de 2008

Zarif em suas sutilezas!



Ela é da Turquia, tem 31 anos de idade e adora fotografia em p&b.Descobri Zarif navegando por ai, e sinceramente gosto muito do trabalho dela com luz natural. Ela joga bem com sombras, silhuetas e recortes de corpos femininos.

Aqui o site e o deviantart da moça!

26 de junho de 2008

..tua gunga não bambeia...

"Grande anganga muquiche
Sua gunga não bambeia
Grande anganga muquiche
Sua gunga não bambeia

Unganda, berê, berê!
Ah! vai te guardar, vai te proteger
Na sombra de um jatobá"

( domínio público)





Particularmente não gosto muito de Tizumba, mas não achei outra versão dessa música que me abraça de tanto acalento. É forte e desde a primeira vez que a escutei me arrepia a pele.

25 de junho de 2008

Placebo

Protege Moi num vídeo que eu adoro.




Desliz!!




Gente, o Desliz não foi censurado e nem o tirei do ar. Tivemos um probleminha técnico que em breve espero ter resolvido. Para aqueles que não sabem, sou fotógrafa e Desliz é o espaço aonde publico meu trabalho com nu. Assim que voltarmos ao ar, atualizo com novos ensaios e lembro todo mundo por aqui!
salve, salve!!









de amanhecer

Por meio da rede descobri Cibelle, por meio do meu tato descobri a grandeza que somos. E a miudeza imediata a qual sucumbir é fácil.Música em manhãs de sol...vai bem, são pílulas de sentir.

24 de junho de 2008

Velhos e Usados

...às terças eu descubro

noite cosmopolitan


É claro que beberia mais uma cerveja se pudéssemos e se eu tivesse a certeza cientificamente comprovada de que posso continuar bebendo muitas cervejas. Mas o prolongar das histórias nos faz tão sensíveis, e claro que muito mais fortes.Acabamos de sair do cinema, Carrie , Miranda e claro Samantha, muito da lasciva que nos acompanhou por duas horas e eu assumo que só quem conheceu o seriado sabe bem do que estamos falando. Estamos falando de espelhos ilustrados, narrados inclusive em outra língua. Viva um bom drink e claro com um glamour sem etiquetas, não temos Vuitton nem bebemos Starbucks mas confessamos nossos deslizes, desejos e pecados em almoços, cafés e floreamos tudo mesmo com o riso.Preciso confessar que muito da noite foi o riso da Mi, que se revirava toda em cenas assim assado, e brilhava olho e owwwwnnn, aimmmmm. É assim, a história é de amizade, o filme conta não só com clichês femininos mas sobre a amizade entre mulheres. Muito se diz sobre a inveja, sobre a concorrencia entre o sexo feminino. Mas caro amigo, é preciso sentir o que bem sinto na confraria das macias....amigas, irmãs. Que só o destino pôde me trazer, e que sei bem...não seria pessoa melhor sem elas.Hoje, agora tenho vinho na taça (resolvi continuar meu entorpecer, como havia dito no café pra Mi, hoje queria cair em mim, alcoolizada) brindo à amizade como essa, de cachos, de pulsada, goladas boas de vida. Abraços longos, esporros abusados, TPMs e bordados em noites a fio. Eu brindo bêbada e feliz, prestes a dormir ali manso, prestes a dormir emocionada porque tenho dias de salto alto, miojo, choro descontido e boa risada de vida que somos e comungo com pessoas maravilhosas como foi hoje.Brigada bonita, pelo carinho e eu aceito sim emprestada a quarta temporada.
heheheh

23 de junho de 2008

da tua porta pra dentro.

quero que me desenhe pelas costas, qualquer dessa intenção entorpecida. vinho em boca macia, venho pra te contar. bati na tua porta, quem me recebeu foi um dos teus gatos, achou mesmo que estivesse apaixonada por outro, achou mesmo que estivesse de vermelho por puro descuido. meus descuidos não são tão óbvios, minhas setas tem todos rumos, tenho mãos pequenas que cabem bem em teu bolso, cachos pros teus dedos. hoje de certa euforia, bati na tua porta, cantarolando qualquer melodia que te anunciasse o convite. que te deixasse a clareza estampada no meu riso, te quero arranhando a minha libido, fazendo bagunça com meu sentido, colando estrela pro nosso carinho.
.
escutando libido de Andréia Dias
hmm

Kula sem etiquetas!

Ontem tive mais uma daquelas conversas sobre a tênue linha que "separa" o pornográfico do erótico. É, e discordei do amigo que veio cheio de literaturas, etimologia e academicismo. Tudo tão floreado e cheio de preconceitos que me cansei logo da conversa, mas não pude deixar de me lembrar de um fotógrafo tcheco ( sim, estou cheia das referências tchecas e asiáticas e me dei conta disso faz pouco tempo) chamado Vlastimil Kula que começa em um dos textos pra Taschen assim:

"Primeiro não fico nada contente com as etiquetas de nu, erótico ou pornográfico. É como se colocassem sinais de limite de velocidade na floresta selvagem. Existe uma vontade inevitável e incomparável para crescer com o sexo, na arte e na natureza.Não censuremos quer que seja a través de instituições ou d a mentalidade burguesa mesquinha"

Começou seu trabalho c om o nu em meados de 90, usava uma Pentax 6x7 até pouco tempo mas se rendeu à tecnologia digital.Assim como Saudek, Kula só conseguiu trabalhar livremente após a mudança política em seu país. Certa vez recebeu ordens oficiais para diminuir o preto em suas produções porque espalharia o pessimismo na sociedade.Encontramos muitos nus de sua companheira ao decorrer de seus trabalhos e muitas vezes auto-retratos misturados a cenas recheadas de moças ou mesmo seu gozo entre pernas. Vlastimil trabalha muito com o p&b, movimentos e contrastes. Preza bem pelas sombras, eu gosto.

"...decidi tentar por mim mesmo e descobri-me no meio de uma expedição pioneira. O meu objetivo primordial foi o de condimentar a anti hipocrisia absoluta da pornografia com dinamismo, atmosfera, paixão e humor, recorrendo a todos os meios fotográficos, com exceção de truques baratos de romantismo."

O site não é bonito não, mas a gente encontra muita coisa boa por lá!

20 de junho de 2008

Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro

Então foi assim, de acasos certos. Alguém me disse que eu era também comedora de estrelas e não sabia. Então tive certeza, por volta de Novembro de 2006, quando numa noite dessas o Dani me convidou pra visitar o Seu Estrelo. Já me foi um nome de estranhezas, e no caminho de chegada, uma estradinha de terra, cerrado e a casinha ali. Tão ali recheada de encanto.
Mergulhão? Caliandra? Domador? Samba Pisado?



Depois de dois meses eu já estava completamente mergulhada no Mito, no Baque, nas Cores. E de lá não larguei, de lá não consigo imaginar minha vida sem esses brincantes, sem essa magia toda, sem esse trupé que me guia na caída de corpo, no jogo de encontro ao que somos.
Foi com eles, com a benção de Mariasia, do Calango Voador, dos nossos que já se foram mas que deixaram o som, que conheci gente, tantos mestres, tantos sotaques e batuques...
Amanhã celebraremos 4 anos de grupo, 4 anos de brincadeira numa roda linda, que só sentindo pra contar, que só deixando os ecos de tambor tomarem o corpo, as águas de abê lavarem a alma, o que vibra em terra te marcar a pulsada.

Convido de riso largo, que venham de peito aberto e sintam todo nosso axé.




19 de junho de 2008

Dança junto!

Teu singelo movimento me agarra o fôlego.




Um bom bocado de palavra.

...não, ela sempre teve as bochechas em febre. Avermelhadas, e olhos caramelados. Preciso dizer que se a visse naquele transe tão solitário, se apaixonaria.Mas prefiro estabelecer primeiramente a cena, porque no começo da seca o céu de Brasília fica muito azul, e os gramados ainda salpicados de certo verde, não pude ignorar, muito menos a luz entrando pelas janelas do ônibus, refletindo nos fios castanhos.Ela pega sempre o ônibus amarelo, às 16, o momento mais vazio. Lia um trecho daqueles livros sujos que colecionava, eram cenas escuras, entorpecidas e as bochechas sempre em febre. Quase em movimento discreto, pernas cruzadas, dedos que passeavam por páginas. Eram boas as carícias, dela com ela, na língua dela, palavras em sussurros pronunciadas.

Você já brincou com o gosto das palavras?


Lia aguda, áspera, seca...mas sempre pra si.Palavras, as mesmas escolhidas entre vírgulas, poros de papel, senti-las escaparem pela boca, mesmo que fosse pronúncia simples, ao vento que lambia seu rosto. Mesmo que fosse...dizia em voz quase solta, cada palavra de gostos diferentes. Lentas, adocicadas, muito ácidas. Estouravam cremosas no macio da língua, espremiam-se entre dentes, vibrando tão vigorosas. E roucas, porque a moça, a mesma que carrega uma pinta ao lado da boca, estava sensualmente rouca.
(...)
Aprendeu a gozar com palavras, em passeios vespertinos, em ônibus vazios, em si.

18 de junho de 2008

Conclusão da madrugada de pileque:
ando ternurinha demais esses dias....
porra.

17 de junho de 2008

Cara Judea Alhadeff

[ Cara Judea Alhadeff]

Faz um certo tempo que conheci o trabalho de Cara Judea. Gosto muito das séries em que ela distorce o corpo, brinca de um estranhamento e de repente a gente acha uma orelha, ou uma boca junto à sementes, tecidos, desfoques.
Trabalha o nu muito bem em planos mais abertos, corpos que conversam muito com o ambiente, com a arquitetura e tão ali misturadso, escondidos. Judea também usa muito os desfoques, o que me traz em alguns casos uma sensação onírica. Sempre com gente pelada, valendo até a avó dela!! Recomendo a série Nana e Saudade.
Lindo.

listras!



Alemão com um trabalho de nu muito bom, pode ser visto no flickr dele, no site dele ou mesmo no deviantart!! Enjoy.
ótimo....mergulha, ó peixe.

e mergulhei,
estou mesmo muito encharcada
e triste.

16 de junho de 2008

Voltando pra casa.


A pequena ria muito, sentada no colo da vó que ignorava toda a barulheira. Percebo alguns ipês pelo caminho, e me deu vontade de fotografar um pequizeiro tão torto alí na Asa Sul mesmo.
Tenho Kundera no colo, aberto, discreto, que samba conforme os buracos da via...ouvia bem a menina que gritava em cada curva, ainda no colo da avó. Por minúcias do tempo, franzi a testa, reprovando aquela zuada incomum. Sim, ela gritava quase louca, mas ora...em seguida cá me invejo. Ai se fosse eu a menina, sentada no colo de vó, achando a graça do frio na barriga em curvas mais bruscas. O ônibus vazio, fazia um barulho de lata solta, o cobrador ria todo da cena, ele é quase padrinho da pequena, eu quase fui lá gritar junto. Engoli meu berro, porque tenho ainda letras de Kundera a serem percorridas. " Posso dizer então que o amor era para Franz, a espera contínua do golpe". Lembrei imediatamente do Michel e das tantas formas de reencontro, das pessoas que nos foram golpes intensos e severos, golpes que baqueiam a dança, dispersam os passos, que fazem a gente tremer pernas, cair de vertigem. De amor sempre caí. Não estanco.E não me culpo por ser intensa, nem por doer aguda ou gozar tão febril.Carrego comigo muito bem costurado, pontos dados desses amoresgolpes. Acho mesmo e é isso, acho mesmo que só sou por conta, e tudo muito me caracteriza tão clichê, bossa em boca molhada, mesa torta de bar, gole de vinho tinto.Um viva aos meus clichês!! Hoje visto verde, o casaco da Dêda que me é acalanto em noites frias,visto vertigem solitária,volto pra casa verde, Kundera entre braços, rua bem vazia, eu vazia um cado, mas com a intensa vontade de ser a menina que berrava nas curvas. Linda e simples, sem pra quê ter dessas vergonhas!

Pra tarde chegar macia!!

Papaloko- Axial
Dida da dedurinha!


Merrit e o erótico!


"Fiz minha primeira fotografia erótica em 1997. Quando meu namorado me deu uma das máquinas fotográficas digitais dele, comecei logo a fotografar nossa vida sexual"
(Natacha Merrit)


Sim, é evidente que com a tecnologia digital abraçada à fotografia nossos caminhos em registrar momentos mais íntimos foram ampliados. O que parece ser uma brincadeira curiosa,excitante, ousada pode virar trabalho. Samantha Wolov é uma figura que já ganha bem fotografando casais transando. Mas é um longo caminho o do auto-retrato até fotografar o outro ( nesses momentos). E confesso que são sensações completamente diferentes. A densidade de se fotografar com alguém e de expor é quase comungar com o espectador o tesão do momento. O seu tesão. O que me foi diferente ao fotografar um casal junto, era um olhar estranho de um momento mágico. Mas depois posto mais sobre meus trabalhos com o tema.




Já Natacha que desde sua primeira experiência, sentiu vontade de mais registro e de expor o que para muitos seria ousado demais, é um dos grandes nomes da fotografia erótica, considerada influente pioneira da nova era digital! Ela se projetou com muitos auto retratos, em meio à orgias ou mesmo em momentos íntimos com os namorados. Nos traz aquela sensação abusada de aproximação, das texturas, movimentos e trabalha muito bem com efeitos de cor. Começou a expor suas diárias fodas (solitárias ou recheadas de gente) na web, e em pouco tempo virou personagem cultuada da rede. Auto-retratos sempre reverberam de maneira diferente, ainda mais sendo eles eróticos, isso nunca foi novidade mas há 10 anos isso ecoava com outras intensidades. E Eric Kroll que a conheceu também pela internet logo a indicou a Benedikt Taschen. E a partir daí a moça só cresceu, a Taschen publicou seu primeiro livro com 240 fotografias entre auto retratos e fotografias dos amigos em inúmeras posições, o livro se
chama Digital Diaries.

"O erotismo bem sucedido é quando fotografo uma imagem que tem o poder de me estimular. Estou honestamente fazendo esse trabalho erótico por mim. Descobrir facetas, ângulos ou momentos que nunca tinha sido capaz de apreciar estimula-me"
(Natacha Merrit)

O mais bacana foi que durante a pesquisa sobre a moça descobri que ela trabalhou no primeiro espetáculo adulto do Cirque du Soleil chamado Zumanity. Ano passado conheci um pouco desse projeto ao assistir Lovesick de Lewis Cohen. Um documentário que acompanha os preparativos, ensaios e estréia de Zumanity.

"A minha relação chegou ao clímax com a tecnologia digital durante meu trabalho para o Cirque du Soleil. Pela primeira vez precisei de 11 milhões de pixeis. Precisava projetar efeitos visuais eróticos a 12 metros em Plexiglas." oO





Aqui deixo um pouco de Zumanity ( o mais estranho foi achar no youtube uma cena do espetáculo sendo narrada por nada mais nada menos que Cid Moreira ..hehehe )

** bebi da fonte

Começamos a semana com Franz



Ilustrador brasileiro que hoje reside na Argentina!
Visita.

12 de junho de 2008

Ah o futebol!

Cazá! Cazá! Cazá! Cazá! Cazá!
A turma é mesmo boa!
É mesmo da fuzaca!
Sport! Sport! Sport!!!!

aprendi, hoje, entre cervejas e pernambucanos queridos,
amigos macios.
foi bom demais!!!
vale vaaaale.

11 de junho de 2008

Cuidado pra não cair no chão

Pinturas de Alyssa.

O que me instiga no trabalho de Alyssa é todo o realismo que nos faz confundir suas pinturas com fotografia. Tudo pintura a óleo!!Belo, belo.



de acalantos pra alma!

Lia Hilst quando ele chegou, vestindo uma camiseta verde que ressaltava todo o olho que me toca. Chegou manso, mas senti as pontas dos dedos esquentarem assim que enfim trocamos olhares a alguns centímetros. Dos momentos em que a distância nos era em kilômetros, largos tempos.

_Oi!
_Tarde linda essa...bem escolhido lugar, assim, de frente pro jardim. Bonita tua cena.
_Bonito tu de verde.

Bonitos sentamos juntos e a troca me foi imediata, pediu capuccino, hilst ficou fechada, mas ecoava, além de vós não desejo nada, além de mim, meias vermelhas, quase uma trança perdida...convites trocados. Desde sempre te convidava. Pernas cruzadas, adocei meu café, que antes puro...não sei porque, havia de ter a boca doce, é que no próximo momento, sem palavra! .

_Teu silêncio me floreia e chama pra perto.
...
Hoje visto verde pra te brindar.

Cores de Saudek

O que me fez lembrar de Saudek foi o comentário que o Eduardo deixou aqui, sobre a fotógrafa que fez fotos durante anos da mesma pessoa. O passar do tempo.
Sim, Saudek é um dos meus fotógrafos favoritos,traz uma atmosfera fantástica com fortes referências aos cartões de visitas vitorianos numa estética densa, mágica. Muitas vezes solitária, agressiva, e erótica. Claramente erótica.
Saudek nasceu em 1930, em Praga. Ainda quando criança esteve preso com o irmão em um campo de concentração nazista, e sua infância foi mesmo de miséria. Começou a fotografar em 1950 com uma Baby Brownie Kodak , foi quando também se iniciou no desenho e pintura. Trabalhou um tempo como clandestino, vivendo sob o regime russo e só em 1984 pode então seguir a carreira artística. Uffa
Jan fotografou algumas figuras de sua vida, e ao decorrer dela. Passeando no site a gente encontra fotos do filho ainda neném e já rapaz, da mãe com a menina ainda menina e alguns anos depois a mãe com a menina já moça. Muito divertido o passar do tempo...ainda mais brincando com o mesmo cenário, com quase a mesma tensão.
As tão bem compostas cenas, com a maioria de mulheres são fascinantes sim e é preciso ressaltar que nas muitas fotos em que aparece algum homem é ele mesmo, Saudek que posa. Adoro isso!!Ele só trabalha com película e pinta manualmente todas as fotos. Ah ram...são todas pintadas à mão.
Quem se baseou nas cenas de Saudek foi Tarsim Singhao ao dirigir The Cell (reparem na cena do menininho subindo uma escada?).

"Para mim uma boa modelo é alguém que não é perfeito. Encontro-as em todo o lado, mais especialmente agora com a Internet." ( Saudek, 2006)


Divirtam-se com[ Saudek ] e com o [ blog do Eduardo], que vale muito a pena visitar também!

10 de junho de 2008

Hoelck



Gosto muito de Glass Jaw e especificamente da fotografia desse vídeoclipe...




Quem dirigiu a fotografia foi Patrick Hoelck que tem no trabalho a característica de usar muitas sombras, pontos certeiros de luz e dessaturados. Novamente eu e os "dessaturados".... É bem o jogo de esconder o que me instiga. Bem novaiorquino também. Eu gosto. O cara já dirigiu clipes do Deftones, Alicia Keys e Ben Harper e em todos a gente percebe bem a marca dele.Principalmente nos dois últimos em que há muito do vermelho...hmmm
É bem comercial mesmo, e vale a pena sacar das edições que ele manda!

9 de junho de 2008

sobre.

Quero me amolecer junto, num samba que entardece os dias...bem assim. Disse sobre meu vermelho favorito, estou sendo repetitiva.Em dias de manhãs sonolentas, nada muito me movimenta. Nem minha corrida diária, que hoje ficou pra amanhã. Uma certa pasmaceira de quem hiberna sabe-se lá pra que. Mas de quem não digo, o encontrei bem no começo do compasso, trocamos delicadas palavras. Temos nosso jogo. Tenho sono, um pouco de fome e hoje preciso assumir que me apaixonei ao exato completar das 7 horas, por um par de olhos.É simples.Dessas paixões diárias, e que guardo bem comigo. Mas sobre a fome, temakeria, sobre o sono mais algumas horas de trabalho a fio na madrugada. Sobre o simples é...preciso sair de Brasília.

Yeondoo Jung




A dica foi do Steve, e definitivamente precisava desse encanto às segundas de TPM.

Yeondoo Jung é um fotógrafo sul coreano que selecionou de1200, 17 desenhos feitos por crianças de 5 a 7 anos em escolas de Seoul e tentou reproduzi-los com fotografia. Genial!!!!Os modelos das fotos são adolescentes também selecionados em escolas. Yeondoo também chamou 5 estilistas pra trabalharem os figurinos. São imagens lindas!!!O trabalho é de 2005, se chama Wonderland e pode ser visto no site do cara. Recomendo também uma boa passeada por lá, muitos trabalhos interessantes.

Valeu Steve, eu bem que surtei mesmo!


Ryan McGinley



As fotografias de McGinley me fazem lembrar dos fins de semana com amigos...essas farras boas. sabe como é?Ryan atravessou os Estados Unidos no verão de 2007 com nada mais nada menos que 16 modelos.O resultado de tudo foi um ensaio com 50 fotos escolhidas...er, 50 fotos de 4.000 rolos de filme.

oO

Pra quem pode, né bem?
Afinal o cara com 24 anos foi o fotógrafo mais jovem a expor sozinho no Whitney Museum em Nova Yorque, e hoje já é considerado um ícone de sua geração.

Salve, salve então!!!

Amarelo de Ipê

Os dedos estavam entrelaçados, por algum motivo preferiu estar de amarelo aquela manhã.
Era simples o momento, e do simples sempre lhe ecoavam boas músicas, bons perfumes. Até cheiro de alecrim, uma mistura de delicadeza com bossa. Sabe-se lá porque tanto romance, nunca foi de florear assim. Mas...amarelo era a cor.

8 de junho de 2008

Alexander



[ Alexander Bergstrom ]

Gosto especialmente do trabalho dele com a luz.

Jujubas( re-postando)


Tinha flores na saia, desenhava círculos com a ponta dos pés na grama amarelada. A seca nos abala...riu fazendo covinhas num rosto de linhas sérias. Às vezes olhava perdido e ela nem parecia ela.

A história dela gira em torno de jujubas...não sabe porque mas tinha uma fascinação por jujubas! Talvez ele já tivesse percebido. Levou um saco cheio delas...

O trabalho vai bem, parei de fumar!

Gosta muito da sinfonia de grilos daquele lugar, queria ver os vagalumes que caçava quando criança.
Sentaram num canto , a saia escorregou deixando a coxa nua. Jujubas de sobremesa...deslizava as mãos miúdas no saco de papel, sentia os grãos de açucar grudarem nos dedos, e enquanto o olhava lânguida, lambia numa brincadeira sem pressa,
dedo por dedo.
Sem pressa era a graça.

Pra ver as palavras perderam a força, os olhos mergulhando em movimentos suaves....pra vê-lo tenso, completamente desconsertado, até certo momento, até ele entender que era dedo por dedo a brincadeira daquela noite.

07/2007

6 de junho de 2008

...e paciência com meu texto metafórico. Só sei ser assim.

Reeditando Juazeiro

"Uma semana em Juazeiro e descobrimos um tesouro local: Cajuína São Geraldo, um refrigerante doce de cajú, que tem sido o nosso refúgio quando paramos pra respirar numa sombra."


"A cidade começa a esturricar com o sol a partir das 06:30 da manhã, o trânsito caótico vai entupindo as veias que cruzam o centro. Eu não conseguiria dirigir aqui, os carros buzinam antes de passar em cruzamentos, e as pessoas tomam conta das ruas.Um formigueiro.

Muitos velhos!!! A proporção de pessoas de mais idade para jovens é muito grande. Os senhores sentam nas calçadas e contam casos, palitam dentes e jogam baralho. As senhoras andam....só as vejo andar de lá pra cá....com véus e sempre carregando alguma coisa. Vestidos floridos e rosário no peito.

Juazeiro de juá( uma árvore típica), dos benditos, dos cordelistas malditos, da comunidade de artesãos, dos alto falantes que percorrem a cidade, do suco de cajá. Juá me trouxe muitas novas cores, e tentei absorver um cado dessa gente de traços fortes, bocas miúdas e corpos esguios. É muita fé....é tanta que não há como sair daqui sem ter sido tocada de alguma forma.
Os sinos badalam o tempo todo....alguns terreiros de Umbanda.... terços e escapulários em inúmeras banquinhas pela rua.Conheci pessoas muito risonhas, crianças de serelepices curiosas, mestres de cultura e caboclos de garra. É bom saber que não conheço nada.....que essa viagem só foi pra molhar meus dedinhos num oceano lindo!! Outros projetos virão, quero saber mais do que me colore o sangue."

Juazeiro do Norte-CE

12/12/2006


O que ressoa.

Ah confesse vai?
Joga teus pecados que com eles a gente faz um samba!
Porque então, disse que sou discreta, de revoltos cachos, de qualquer drama
que nos afague. Bem digo em madrugadas de insônia, roteiros, relatórios, Deleuze e me conta
algo mais de Artaud com teu sotaque das ribeiras? Porque dum rio que nunca se represa, libidinosa declarada, dessa alma de gato que me arranha o juízo, há troca contigo. E te brindo, salve salve, em pleno caos geminiano, o gole servido de vida!!!
Eu de costas nuas, do que me vê, do que te ouço, do que nos enfeita bicho, amansa, embebeda e transforma.
Caímos juntos, perdemos rumos, gravei comigo.

5 de junho de 2008

Love of Lesbian-Universos Infinitos

No meio de milhões de idéias, pesquisando stop motion e cousitas mas...me apaixonei.
Adoro a idéia, as tonalidades, as pausas, detalhes.



Tillett

"Acho que meu trabalho tem um sentimento combinado de menina com uma câmera e tédio. Não que o meu trabalho seja alimentado pelo tédio, mas a maioria das minhas fotografias eróticas não são muito planejadas. É quase como se as minhas modelos preparassem a posição perfeita e eu tirasse a fotografia dois segundos mais cedo" ( Rebecca Tillett)


Por ai que funciono, detesto foto muito posada. De todas minhas experiências, principalmente com o nu, os resultados mais bacanas vieram do mais orgânico, fluido, quase até movimentado. É claro que há pose, desde o primeiro momento, mas quando vejo um esboço do espontâneo, prefiro.

* bebi da fonte