"...sim sim, emanava um perfume laranja de pele fresca de boca molhada, lábios em curva.
Era um sim entregue, era delicioso pensar no sangue que lhe corria o corpo, toda extensão de pernas e pele que ia se roseando, tingindo bochechas, úmida.
Licorosa, passou pela porta de vidro e a roleta que faz aquele barulho de sempre...o mesmo do ônibos, o mesmo do metrô... desligou o celular, retirou os fones e silenciosa chegava a sala das estantes quando esbarrou em meninas sorridentes, de pele sardenta que saiam de lá.
Ahh biblioteca...amava aquele lugar. Mas o amor era mesmo a tensão de estar mergulhada num silencio agonizante, mergulhada numa imensa vontade de berrar e sentir-se reverberar pela sala empoeirada. Estantes e estantes com tantos volumes e cores variadas e as pessoas que alí sentadas liam, liam, dormiam, a observavam passar de saia.Verde era a saia, verde era a capa do Bretch que procurava, mas há Ionesco bem alí, a Cantora Careca, Sade e Jung... chegou ao corredor estreito e severo. Os clássicos densos e os dedos que deslizavam pelos livros...procurava sem rumo algum que lhe chamasse.
Passeou com os olhos em negrito, colhidos de uma manhã delicada, e parou fixa, imóvel e quente diante da pele das mãos de um homem. Os poros, e pêlos , as unhas e a linha... sorriu!Os dois se olharam, se aproximaram. Já se conheciam, já se observavam há meses, já se deliciavam em intenções diversas. Já se tocavam deleitosos de si...
ele sem medo, ela em segredo."
(retirado do antigo blog)
Era um sim entregue, era delicioso pensar no sangue que lhe corria o corpo, toda extensão de pernas e pele que ia se roseando, tingindo bochechas, úmida.
Licorosa, passou pela porta de vidro e a roleta que faz aquele barulho de sempre...o mesmo do ônibos, o mesmo do metrô... desligou o celular, retirou os fones e silenciosa chegava a sala das estantes quando esbarrou em meninas sorridentes, de pele sardenta que saiam de lá.
Ahh biblioteca...amava aquele lugar. Mas o amor era mesmo a tensão de estar mergulhada num silencio agonizante, mergulhada numa imensa vontade de berrar e sentir-se reverberar pela sala empoeirada. Estantes e estantes com tantos volumes e cores variadas e as pessoas que alí sentadas liam, liam, dormiam, a observavam passar de saia.Verde era a saia, verde era a capa do Bretch que procurava, mas há Ionesco bem alí, a Cantora Careca, Sade e Jung... chegou ao corredor estreito e severo. Os clássicos densos e os dedos que deslizavam pelos livros...procurava sem rumo algum que lhe chamasse.
Passeou com os olhos em negrito, colhidos de uma manhã delicada, e parou fixa, imóvel e quente diante da pele das mãos de um homem. Os poros, e pêlos , as unhas e a linha... sorriu!Os dois se olharam, se aproximaram. Já se conheciam, já se observavam há meses, já se deliciavam em intenções diversas. Já se tocavam deleitosos de si...
ele sem medo, ela em segredo."
(retirado do antigo blog)
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