16 de julho de 2008

escrevendo água.


São em tardes assim que entendo a fascinação dos meus pais por plantas, hoje reguei os alecrins e sentir o cheiro de terra seca sendo encharcada, de pitangueiras agradecidas, da água. E sentir a calma de cuidar, um zelo que me conecta.
Regar alecrins, cuidar dos pássaros ( que estão ali dormindo mansos e presos não por minha vontade). Preciso de um gato, de mais café e os últimos goles sem açucar por favor.
A verdade é que fica fácil me distrair, correr com os trabalhos, aquarelar sonhos e escolher em qual parede colar meu último retrato. Mas quando vem a pausa, muda. Abusadamente muda, me caio em febre. É beirar uma bela de um queda em si. Ser hipócrita em não admirar meus próprios passos...é que quando vem a pausa. É oco e eu sinto bem os ecos aqui. Sozinha. Hoje usei o termo : me livrarei disso. A quem quero enganar? "Isso" me percorre a vida toda...e pesa meu bem. Pesa e mastiga.

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